Alvo Gay

Um homem bem parecido recompensa o seu atlético mecânico com um beijo... e um relógio Dolce & Gabanna. Há uma década apenas, seria impensável que este anuncio passasse em estações generalistas sem uma dose considerável de risco.

Ainda em 1993, o realizador Lars von Trier rodou um comercial que rematava um jantar romântico com a descoberta de que o casal era afinal constituido por dois homens.
E a provocação passou sem subresaltos. Mas isto aconteceu na Dinamarca.

Na mesma altura, do outro lado do Atlântico, a superpotência do mobiliário IKEA tentou afirmar-se nos EUA recorrendo a um par de gays. A campanha acabou por ser relegada para a madrugada até desaparecer das antenas.


TUDO MUDOU. Várias sondagens indicam que os gays, lésbicas e trangenders têm maior poder de compra do que a média dos heterossexuais. E os anuncios começaram a invadir os meios globais, saindo do gueto das revistas especializadas.

A British Airways associou-se ao EuroPride06 , tornando-se a companhia aérea oficial deste evento que celebrou, este ano em Londres, a diversidade gay e lésbica. Arriscado? « O que pode parecer um passo muito corajoso não o é assim tanto», disse à Time Jon Howard, director estratégico da empresa de publicidade londrina Quiet Storm. Estes grupo, adiantou, «aderem mais, são mais interessados no estilo e em marcas e viajam mais». São ainda sensiveis a uma piscadela de olho à sua identidade, gerando uma fidelização prolongada.

Claro que estas operações terão sempre detractores. A Associação das Famílias Americanas apelou ao boicote dos carros Ford, acusando a empresa de credibilizar, com os seus anúncios em revistas gay, a homossexualidade como um «estilo de vida normal». A marca retirou a campanha, mas negou ter cedido a pressões.

Fonte: Visão
algarvegayblog@hotmail.com

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